O general Loureiro dos Santos responsabilizou hoje, no Porto, as juventudes partidárias pelo fim do serviço militar obrigatório em Portugal.
"Penso que o fizeram por ser uma medida popular entre a juventude e porque o serviço militar lhes atrasava a carreira no interior das estruturas partidárias", disse.
O general intervinha no âmbito das "Conferências do Castelo", organizadas pela Delegação Norte do Instituto de Defesa Nacional (IDN), este ano sob o tema "Portugal, Defesa e Afirmação".
Loureiro dos Santos considerou que o serviço militar obrigatório é um factor de coesão nacional e defendeu que Portugal deveria adoptar um sistema semelhante ao das forças armadas alemãs, que alia um corpo profissional a um contingente alargado de conscritos.
Para o general, os cidadãos deveriam ter pelo menos um período de instrução básica militar, já que o único momento em que os jovens portugueses recenseados contactam com as Forças Armadas é durante o Dia da Defesa Nacional.
"Um só dia para pouco serve, mas sempre é melhor do que nada", disse o general.
Loureiro dos Santos defendeu também o recenseamento militar feminino, considerando que "se vivemos num país em que há total igualdade entre homens e mulheres e em que estas podem candidatar-se a uma carreira militar sem qualquer limite, não faz sentido que só os homens estejam obrigados a recensear-se".
Fonte: Agência Lusa em 14/02/2007