quarta-feira, novembro 30, 2005


Que Portugal só pode competir no Mercado global não através de mão-de-obra barata, mas sim através de uma forte aposta na qualidade dos recursos humanos não é uma novidade.
Que tem de existir uma forte aposta no ensino de qualidade em Portugal é algo que já devia estar a dar os seus frutos.
São ideias como estas que distinguem o Prof. Cavaco Silva e o Dr. Mário Soares (os ataques, palestras pouco parciais não contam como ideias).
Existe uma Juventude responsável, com ideais, e com um projecto claro para Portugal e outra que dá musica,
Juventude MP3 (Mário Presidente 3).
Os Portugueses, a Juventude Portuguesa já não vão em cantigas Dr. Mário Soares…

terça-feira, novembro 29, 2005

Os crucifixos nas escolas


É conhecida a directiva de Abril para que sejam retirados os crucifixos das escolas públicas, dizem em nome da Liberdade Religiosa. Mas estamos mais perante um caso de intolerância religiosa, pois o referido símbolo religioso não fez mal a ninguém, como o Crescente Fértil do Islamismo, o Buda do Budismo nunca me fizeram mal. Gostaria de lembrar à Associação República e Laicidade (RL) que mais de 80% da população portuguesa é católica e que Portugal tem enraizado em si vários costumes católicos, como os próprios feriados nacionais (Natal, Páscoa…). Liberdade sem tolerância não é Liberdade. Mas como parece que as minorias étnicas, religiosas (...), que numa primeira instância reclamavam direitos (legítimos), hoje pensam que devem ter mais direitos que os outros. Um dia ainda são crime ser-se católico e heterossexual se isto continua assim!

Portugal disse aos EUA que não se oporia à invasão de Timor-Leste


Mais um exemplo da má (ou mesmo nenhuma) gestão relativo ao processo de descolonização... Perguntem ao Dr. Mário Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros (no III Governo Provisório que posse a 30 de Setembro de 1974 e terminou o seu mandato a 26 de Março de 1975; e Primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros no I Governo Constitucional que tomou posse a 23 de Julho de 1976, sendo constituído pelo Partido Socialista com base nos resultados das eleições de 25 de Abril de 1976 e terminou o seu mandato a 23 de Janeiro de 1978 entre outros) onde estava o sabe "OUVIR" os portugueses. "Mário Soares foi um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas." Contudo hoje lê-se... Em 1976 decide-se pelo abandono do território de Timor-leste, deixando as portas abertas para a invasão desta ex-colónia por tropas da Indonésia, as quais durante 3 décadas provocaram a morte a mais de 250 mil habitantes timorenses." Curiosas contradições...

Sugestões ao Dr. Mario Soares


Algumas sugestões para o Dr. Mário Soares, que decerto as vai achar de grande utilidade: www.airluxor.com, www.leme.pt/turismo/agencias.html, www.netindex.pt/, www.viagenstagus.pt ,www.taptours.com, www.exceltours.pt, www.abreu.pt...

E algumas recomendações:

PORTUGAL, art.º 129 da CRP (ausência do território nacional)

domingo, novembro 27, 2005

afinal a mocidade portuguesa ainda existe!


O conceito da mocidade portuguesa, afinal não acabou no 25 de Abril, ainda está bem presente para uma pequena minoria militarizada e com (alguns?!) excessos de "espírito de missão". Estes pequenos soldados, que até tem insígnias ao estilo dos escuteiros (organização que nutro o maior respeito, pelos valores e humanismo que transmitem) e "manual de colagem de cartazes" (onde se lê no final "Tomar um bom banho e descansar com o sentido de dever cumprido! Parabéns, hoje fizeste algo pela Causa!", no fundo aproxima-se do PCP ("onde haja a construção de um Estado Nacionalista em prol do Bem Comum!"). Juventude esta que não tem valores democráticos, "República, hoje é o teu aniversário. A JN deseja-te poucos e maus anos de vida!". Talvez estes meninos andam a "baldar-se" as aulas de História das Ideias Políticas, ou a formatura deve ser a mesma hora, pois dizem "somos jovens e recusamos ceder a pressões burguesas provenientes de grupos que temem a nossa intransigência e condenam a nossa juventude.", alguém os informe (ou notifique) que vivemos em Economia de Mercado, em plena era da Globalização, Portugal está na Europa Ocidental não na Africa Austral, os Portugueses tem na sua génese ideais democráticos e como já o Aristóteles dizia, "a base de um estado democrático é a Liberdade".

domingo, novembro 13, 2005

O candidato

Aníbal Cavaco Silva, de seu nome, Nasceu a 15 de Julho de 1939, numa freguesia do concelho de Loulé, chamada de Boliqueime.

Doutorado em Economia pela Universidade de York em 1974, tendo trabalhado em diversos pontos, no Instituto Calouste Gulbenkian, Universidade Católica, e como director do departamento de Economia no Banco de Portugal.

Politicamente, torna-se militante do PSD (então PPD), em 1974, aquando do regresso a Portugal depois de se doutorar. Integra o Governo de Sá Carneiro em 1980 como ministro das finanças, ganhando uma reputação de liberal económico, deixando esse governo depois da morte do mesmo. Em 1985 baralha os dados políticos, seja no partido, com a inopinada vitoria no congresso da Figueira da foz, seja na área do poder, com a ruptura do bloco central e a subsequente vitoria eleitoral, lhe permite formar um governo minoritário. Para marcar a diferença, cultivou a sua condição de outsider, construindo a imagem do algarvio que sempre prezou mais a profissão de economista e professor universitário do que a de político. Que não é oriundo do eixo Lisboa – Cascais, a que pertence grande parte da classe política, e sim do «pais real», onde vive e trabalha o povo. Não tarda a que os portugueses o comparem com outros homens providenciais, como João Franco, Sidónio Pais ou Salazar. Não lhe falta sequer uma ponta de autoritarismo e determinação capaz de tornar a comparação mais credível, embora nunca deixe de aceitar o jogo democrático. Mas Cavaco Silva tem tudo a seu favor: uma economia recuperada depois das medidas repressivas do FMI, um país em vias de entrar para a CEE e passar a receber os seus benefícios e um mundo em acelerado crescimento económico. Mas o governo de Cavaco é uma surpresa por outro motivo, pela juventude média dos seus membros, pela sua inexperiência política da maior parte deles, e pela componente tecnocrática da sua governação.

Com a moção de censura proposta pelo PRD que leva à dissolução do parlamento e consequentes eleições antecipadas, Cavaco Silva obtém um resultado Histórico: 50.2, um resultado que nem a AD de Sá Carneiro conseguiu. Conquistando 148 lugares dos 250 possíveis. O Cavaquismo torna-se uma realidade.

Cavaco Silva ganha também as eleições em 1991 com uma percentagem parecida, que mantém a mesma proporção na assembleia. Mário Soares depois disso insiste em guerrear e contradizer cavaco durante os seguintes 4 anos (apesar de a relação nos 4 anos anteriores ter sido sem fria e distante foi sempre cordial e apesar de o PSD ter apoiado Soares na candidatura ao 2º mandato.) Cavaco nesses anos seguintes comete o erro político de entrar em guerra com os media. E com vários aparelhos de estado chamando-lhes «forças de bloqueio», como as forças armadas, a Procuradoria-geral da Republica, o tribunal de contas e até o Tribunal Constitucional. Tudo isto culmina com a frase: «Deixem-nos trabalhar!» dita em plena assembleia da Republica.

A onda de desagrado começa quando o P.M. não assina o tradicional despacho que da ponte na terça-feira de Carnaval. O aumento das portagens na ponte 25 de Abril, que dá origem ao bloqueio e a confrontos com as forças policiais, que atinge grande mediatismo quando são transmitidos em directo pelas novas televisões privadas. Soares interfere, e opina que «talvez era melhor para o pluralismo democrático a não existência de uma maioria absoluta» e compara essa mesma maioria a uma ditadura. Cavaco responde com um «tabu» entrando em guerra aberta com Belém que culmina quando diz que Soares «deixou de ser o presidente de todos os portugueses». Ate 1995 Cavaco não diz nem mais uma palavra acerca da sua futura vida politica que destabiliza todo o circulo politico, até o próprio PSD, afectando a sua capacidade governativa.

Quebrando o «tabu», Cavaco afasta-se da liderança do PSD em Fevereiro de 1995 e concorre à presidência da Republica. Curioso, Cavaco na tomada de posse de António Guterres desmaia. Nas presidenciais Cavaco perde para Jorge Sampaio e afasta-se da vida política e do partido. Só dez anos depois, em 2005, é que volta a apresentar candidatura para as presidenciais contra, precisamente, Mário Soares.

Ao apresentar a sua candidatura, pessoal e independente, à Presidência da República, Cavaco Silva fundamentou a sua decisão num imperativo de consciência, declarando que, como Presidente, contribuirá para abrir caminho à esperança e ajudará Portugal a vencer as dificuldades em que está mergulhado e a construir um futuro melhor para os portugueses.