quarta-feira, abril 19, 2006

O poder das ausências


Não é uma questão de medidas mais ou menos rígidas, mas de bom-senso, sentido de responsabilidade… eu tinha duvidas sobre o que andam para lá a fazer estes senhores… Se calhar foram fazer uma visita à exposição de Serralves, pois estava nos seus últimos dias, mas “O poder da Arte”, transformou-se em “O poder das ausências”.

Com estas, não se podem lamentar da falta de credibilidade dos nossos políticos, porque se nem estão para o que forem eleitos quanto mais para defender os interesses nacionais. Para além do sentido de dever, esquecerem-se da responsabilidade que assumiram quando andam a pedir o voto. Anda o português a votar em alguém (numa lista de pessoas que mais de metade nem se sabe muito bem quem é, porque está lá, nem o seu valor para lá estar) para representar os interesses dos cidadãos na AR, mas ainda não existe representação por telepatia meus senhores.

É lamentável, mas mais lamentável ainda é a forma leviana como esta e outras situações persistem. Porque se alguém faltar nos seus trabalhos, cometer erros, provocar prejuízos, é responsabilizado por isso e com razão, porque também são compensados no mérito. Mas na AR a responsabilização dos actos ainda não chegou lá.

quarta-feira, abril 12, 2006

Malditas quotas

Só uma mulher que não reconhece o seu valor é que pode gostar da ideia. Um dia entrava numa lista qualquer de um partido e a ideia que passava, era que cá a coitadinha da mulher estava lá porque as quotas assim as obrigavam e qual mérito?! O que eu vejo é que nas sedes dos partidos, andam para lá mais homens e que aos poucos o feminino vai crescendo. Acredito que as mulheres não devem ser desvalorizadas, como estas quotas na verdade fariam. Pessoalmente, liderança não se escreve no feminino, liderança tem a ver com força, com persistência, com resistência, com imposição de ideias, com rigor e firmeza. Claro que isto remete para toda uma visão das estruturas de famílias e dos papéis que cada um tem. As mulheres ou apreendem e assumem a liderança mas com mérito próprio e não façam birras de vitimização. Politica não é uma relação amorosa, pede-se racionalidade, frieza, capacidade de ver para alem, perseverança, determinação… características que as mulheres não cultivam muito. Contudo é possível, manter a feminilidade mas que exista vontade de as vezes deixar para outros planos. Em politica a sensibilidade, a bondade não ganham votos. Mas felizmente existem mulheres com mérito para o fazer, que não se justificam com princípios de igualdade, quando a questão é mérito próprio ou não.