segunda-feira, dezembro 04, 2006

Coisas politicas ou o que a politica faz às coisas

Existem histórias que deviam levar à reflexão. O homem que ganhou a lotaria e decidiu dedicar-se à política e o homem que se dedicou à política para ganhar dinheiro. A típica do “sou o maior da minha aldeia” e vai para a política e o que foi para a política para “ser o maior da minha aldeia”. Mas sinceramente gosto do maior lá da aldeia.

E lembro-me do Conde d´Abranhos. Podem virar casacas, ser eleitos por qualquer círculo que nem sabem onde é, mas no fundo, quer tudo ir para o “poleiro”, mas sempre pelo bem da nação, quem diz o contrário nem a politico chega. Afinal o voto custa a sacar. A descrença é tal que também já existe um fenómeno, que até agora era mais visível do outro lado do Atlântico, primeira preposição: todo o político rouba, segunda: bons são aqueles que roubam mas é para o povo, conclusão: vota-se no que rouba para muitos. Existe outro fenómeno, esse faz-me lembrar um que já tem uns anos, chamado conversão, quando não ser cristão seria uma desvantagem, mas como a religião já não conta muito (embora ter uma relação pacifica com a paroquia e o padre trouxe sempre vantagens), hoje conheço o socialista, que passou a independente e depois social-democrata!

É a brigada móvel de militantes, antes era mais a nível interno nos partidos, mas agora já se exteriorizou. Andam uns a bater nos outros e depois andam com palmadinhas nas costas. Não se fale em ideologias, por mais complicado que seja estabelecer uma linha de separação (isso é lá para os intelectuais como dizem), mas as secretarias devem andar com muito trabalho, porque se não conseguem ser grandes lá na rua de vermelho ou rosa, o laranja talvez esteja mais na moda ou vice-versa. Afinal já o Sócrates era uma laranjinha em potência e acabou por ser PM pelos rosinhas.

Lembrei-me agora, pode ser a liberdade de expressão, se hoje já me habituei ao que ontem era um certeza, hoje é uma dúvida, amanha é o inverso de ontem, porque iriam também estar sempre no mesmo partido, de facto era uma contradição. Mas temos que ver a coisa pelo lado positivo, os homens estão sempre a tempo de mudar de posição e dizem que é uma atitude de grande maturidade reconhecer um erro e voltar a trás, só ainda não percebi qual é que é o erro. Se é o que dizem primeiro ou depois. Pensem nas Scut´s, se o outro concordasse na campanha eleitoral com o partido que perdeu, qual seria a piada?! As vezes pensam que os dados que tem devem ser diferentes antes e depois de serem eleitos. Ou mesmo os impostos (um dia ainda se paga imposto para escrever), se o actual PM dissesse que ia aumentar os impostos, o que o torna tão diferente dos laranjas?

Também, meus caros aguentem-se à bronca, que o homem ganhou as eleições e não foi por obra do espírito santo. Alguém deve ter votado nele, dizer que o voto é secreto é melhor, não se pode alegar insanidade temporária, para anular uma decisão como a cruzinha que decidimos fazer ou não. Mas pelas manifestações que aí andam, muitos devem estar arrependidos, ou a pensar do que teriam feito naquele domingo se não tivesse ido as urnas. Pegavam nas crianças e iam para o centro comercial e não dava tanto estrago.

É lamentável que não tenham editado a música do Menino Guerreiro, comprava mais depressa que o livro do Santana (para quem já não se lembra da história, o menino Guerreiro é também aquele a quem os irmãos mais velhos acusa de violência doméstica). Mas se editassem tal obra da música contemporânea de certeza seria um sucesso em época natalícia.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Depois de uma longa pausa, para restabelecimento, eis que volto a olhar para o que está lá fora, depois das euforias do mundial, do caso Mateus e da anestesia das ferias.

Portugal, de facto está a inovar, acaba com a tão conhecida crise por decreto, anda em contenção, mas 10 páginas na Fortune a proclamar que este pais é a nova Índia das possibilidades a exaltar ao investimento directo estrangeiro (…) de facto confunde qualquer um. Gostava de ver algum ilustre fazer um estudo com parecer positivo, sobre o retorno de investimento de tais iniciativas.

Continuamos é a não ter a palavra produtividade no vocabulário, a nada fazer para inverter a tendência negativa da taxa de desemprego, mas sempre a proclamar direitos. Continuamos a nada exigir sem ser da Administração Central ou do Governo, mas nada exigimos de nós. Continuamos a gostar de ser, mas nunca ser, gostamos de parecer, mas nada fazer para de facto o ser. Continuamos pequenino nas ideias, temos medo de aceitar desafios, porque parece que estamos anestesiados enquanto o cartão de crédito não padecer. Continuamos a deixar que um país pare por futebol, mas não deixamos que ele ande porque estamos demasiado cómodos no sofá e o que se passa lá fora não é connosco. Continuamos a não querer ir mais além sem ser debaixo das saias do Estado, que já não tem sustento para tanta boca faminta.

Em Portugal existem direitos e a única figura que tem deveres é o Estado. Mas será que este modelo de Estado tem viabilidade?! A resposta já é conhecida, não. Mas ninguém parece querer aceitar a proposta de uma maior responsabilidade para si próprio, onde se premeia o mérito (coisa que ninguém gosta muito de ouvir), onde se fazem escolhas reais e não andar para aí a reclamar porque fazem escolhas por nós e amuamos quando não nos são favoráveis.

Mas se todo o individuo, único e singular, que é dotado de vontade e personalidade própria aceitar as ideias: dever, responsabilidade, liberdade e mérito, acredito em Portugal, porque antes de tudo Portugal é o que nos fizermos dele.

quinta-feira, maio 18, 2006

A não perder, a moção ao Congresso de Rodrigo Moita de Deus, Ana Sofia Bettencourt e Alexandre Picoto: www.mco.pt.vu

Aqui vai o final:

"O povo
A culpa é da crise, das sondagens, da comunicação, da conjuntura, da retoma, dos jornalistas, da comunicação social, e, especialmente, do povo.
Sim! O povo. Sempre com as suas preocupações egoístas com o seu bem-estar e o futuro do país. Sempre obcecados pelo pormenor. Que teima obstinadamente em não perceber o que é melhor para ele. É preciso dizer a verdade: se o país tivesse outro povo, o partido já estava no governo."
Qual será a reacção do Congresso?!?!


Fernando Bravo
www.arquipelagodosgladiadores.blogspot.com


via mail

quarta-feira, abril 19, 2006

O poder das ausências


Não é uma questão de medidas mais ou menos rígidas, mas de bom-senso, sentido de responsabilidade… eu tinha duvidas sobre o que andam para lá a fazer estes senhores… Se calhar foram fazer uma visita à exposição de Serralves, pois estava nos seus últimos dias, mas “O poder da Arte”, transformou-se em “O poder das ausências”.

Com estas, não se podem lamentar da falta de credibilidade dos nossos políticos, porque se nem estão para o que forem eleitos quanto mais para defender os interesses nacionais. Para além do sentido de dever, esquecerem-se da responsabilidade que assumiram quando andam a pedir o voto. Anda o português a votar em alguém (numa lista de pessoas que mais de metade nem se sabe muito bem quem é, porque está lá, nem o seu valor para lá estar) para representar os interesses dos cidadãos na AR, mas ainda não existe representação por telepatia meus senhores.

É lamentável, mas mais lamentável ainda é a forma leviana como esta e outras situações persistem. Porque se alguém faltar nos seus trabalhos, cometer erros, provocar prejuízos, é responsabilizado por isso e com razão, porque também são compensados no mérito. Mas na AR a responsabilização dos actos ainda não chegou lá.

quarta-feira, abril 12, 2006

Malditas quotas

Só uma mulher que não reconhece o seu valor é que pode gostar da ideia. Um dia entrava numa lista qualquer de um partido e a ideia que passava, era que cá a coitadinha da mulher estava lá porque as quotas assim as obrigavam e qual mérito?! O que eu vejo é que nas sedes dos partidos, andam para lá mais homens e que aos poucos o feminino vai crescendo. Acredito que as mulheres não devem ser desvalorizadas, como estas quotas na verdade fariam. Pessoalmente, liderança não se escreve no feminino, liderança tem a ver com força, com persistência, com resistência, com imposição de ideias, com rigor e firmeza. Claro que isto remete para toda uma visão das estruturas de famílias e dos papéis que cada um tem. As mulheres ou apreendem e assumem a liderança mas com mérito próprio e não façam birras de vitimização. Politica não é uma relação amorosa, pede-se racionalidade, frieza, capacidade de ver para alem, perseverança, determinação… características que as mulheres não cultivam muito. Contudo é possível, manter a feminilidade mas que exista vontade de as vezes deixar para outros planos. Em politica a sensibilidade, a bondade não ganham votos. Mas felizmente existem mulheres com mérito para o fazer, que não se justificam com princípios de igualdade, quando a questão é mérito próprio ou não.

segunda-feira, março 20, 2006

Mais uma dos nossos comunistas

Oferta Pública de Aquisição sobre o BPI será "lesiva do interesse nacional"
Penso que a palavra Pública deve ter feito alguma confusão, porque relativamente a esta materia nada está relacionado com o sector Público e muito menos se pode considerar ser um "atentado contra a economia nacional" e que "seria um exemplo inequívoco da submissão do poder político ao poder económico"pois pensava que era uma operação do sector PRIVADO. Alguém consegue explicar o que é que poder politico e sector privado tem em comum, para além de nada?!
Filosofia da Mãe Russia tem destas coisas...

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

The peace keepers!


A polémica (mundial) maior deste momento é as acções de soldados ingleses no Iraque. Acção essa em que vários elementos das forças armadas britânicas depois de uma manifestação (em que a caserna inglesa foi atacada com um tiro de morteiro) decidiram prender alguns jovens iraquianos e espanca-los. Mas há uma coisa que não percebo... A OTAN principalmente os EUA e o RU não queria servir de exemplo para a nova democracia iraquiana? (o que acho injusto porque os EUA são dos países com mais censura do ocidente) A fazer quase a mesma coisa que o regime anterior não vão muito longe.
Depois querem que os iraquianos aceitem as ideias que eles tentam transmitir.

Deviam fazer como nos Portugueses que lá estivemos mas não matamos uma única pessoa (nem espancamos), isso sim é demonstrar humanidade e civilização. Depois somos nós que temos falta de civismo.

domingo, fevereiro 12, 2006

Olha que o apito é dourado... mas é de latão...


Valentim Loureiro, presidente da câmara de Gondomar, foi notificado, no âmbito do processo conhecido por "Apito Dourado," por crimes de burla e corrupção desportiva. Mas como ele próprio disse numa declaração publica," Eu roubo! Mas roubo para vocês!", referindo-se ao povo de Gondomar, mas ai começa um problema ético que não vale apenas discutir agora... Eu não sei, mas acho que Gondomar faz parte deste pais de direito em que roubar é punível e dá direito a prisão...

Mas como se viu nas eleições autárquicas, em Portugal vive-se num grande clima de impunidade relativo aos chamados crimes de "Colarinho branco". Sinceramente espero que o nosso Major (que não tem casa) seja punido para servir de exemplo aos demais autarcas (e não só) que se acham imputáveis, pelo seu cargo e influencia politica.

sábado, fevereiro 11, 2006


Um chefe Taliban promete uma recompensa de cem quilos de ouro a quem conseguir matar o autor dos desenhos representando Maomé, que lançaram uma onda de indignação e protesto no mundo árabe. (in Visão)

Considero esta atitude mais ofensiva que os tão referidos cartoons, não há notícias de europeus a queimar, destruir (...) embaixadas, bandeiras de países muçulmanos... Não há notícias de manifestações que acabam com pessoas feridas ou mesmo sem vida...

Não abdico desta Liberdade que alguns temem e combatem, o problema é que a Liberdade implica Responsabilidade, Responsabilidade e o Dever de a defender como um Principio fundamental, não de desculpas diplomáticas. O tempo do obscurantismo deve ficar nos livros de Historia para se compreender o valor da Liberdade.

domingo, fevereiro 05, 2006


Queimar bandeiras, vandalismo contra embaixadas (…) são comportamentos totalmente inaceitáveis…

Mesmo que as explicações para esta reacção do mundo islâmico relativamente aos cartoons de Maomé publicados em alguma imprensa europeia, ainda sejam difusas e precoces, não há justificação possível para um verdadeiro atentado contra os princípios basilares das democracias ocidentais. A Teoria de Samuel P. Huntington e o seu “Clash of Civilizations”, mas de dois “blocos” que poderiam aludir ao artigo “Jihad vs. McWorld”, onde Benjamin Barber expõe sua visão dualista para a organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois caminhos que ele enxerga — não apenas como possíveis, mas também prováveis — são o do McWorld e o da Jihad, estaremos perante um “crash” entre Jihad e o Mcworld? Embora onde exista McWorld exista Jihah, são duas formas contrárias, pois o que um afirma o que a outra rejeita.

Mesmo que seja só uma reacção a “uma ofensa ao Grande Profeta”, como atingiu as dimensões que hoje assistimos? Embora considere fortemente o respeito por todas as crenças, religiões, não deixo de abdicar dos valores como liberdade… quer seja de imprensa ou não. Nunca nutri compaixão por fanatismos e radicalismos, tanto a ocidente como a oriente tem sempre resultados que nunca compensaram os benefícios que pregavam para se justificar do “mal necessário”.

A bandeira que hoje (alguns muçulmanos) pisam não é a minha, mas é como se fosse.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006



Um argumento para acabar com os preconceitos da esquerda relativamente aos “poderosos” (expressão tão utilizada por Jerónimo de Sousa) do sector privado: A Microsoft Portugal pretende formar um milhão de portugueses em tecnologias de informação, um investimento conjunto de 60 milhões de euros no projecto para oferecer às pessoas acesso à tecnologia, formação e certificação das competências requeridas pelos empregadores.
- Já um venho ditado chinês dizia “não dês peixe a um pobre, ensina-o a pescar”


Um argumento para desmistificar que os “poderosos” não tem preocupações sociais: Bill e Melinda Gates Foundation e o seu grande contributo para causas humanitárias e sociais, nomeadamente na área da saúde e educação.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Wolfgang Amadeus Mozart


Wolfgang Amadeus Mozart, faz hoje 250 anos.
É um dos mais geniais compositores e a sua musica fala por si. Um bom motivo para (re)descobrir a genialidade do compositor austríaco que permanece intocável.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Presidenciais


Finalmente a república chegou a Belém e acabou-se a monarquia socialista que lá se havia instalado à mais de 30 anos.

Sócrates mais uma vez, fez uma das suas e, as desculpas "foi interrompido involuntariamente" relativamente ao nada bonito episódio; "Não havia qualquer intenção de interromper as declarações de Manuel Alegre, que tínhamos toda a curiosidade e interesse em ouvir" marcam bem o interesse desses “todos” (…) coisa que faz lembrar a democracia nos países da América latina…

Francisco ANACLETO Louçã, teve uma derrota que já a muito se devia ter manifestado, para contrastar com o notório crescimento do Bloco de Esquerda desde a sua fundação. Talvez agora a Humildade passe a estar presente nas suas intervenções.

Mário Soares, o candidato oficial do Parido Socialista, mostrou o resultado de uma campanha pelo ataque e insinuação o que é que dá.

Sócrates quanto à tão mencionada coabitação com Belém não deve estar muito preocupado, mas quanto à coabitação com o Partido Socialista já é motivo de preocupação…

Se a derrota é de José Sócrates, depende do que considerarem, o que este transmitia politicamente e o que só aos seus botões confessava…

Espera-se daqui a uma década exista uma verdadeira democracia pluralista, onde exista tanto “direitas” como “esquerdas”, não só “esquerdas” e um enorme “Bloco Central” – faz parte da equação do equilíbrio em democracia.

domingo, janeiro 22, 2006

O dado


Hoje os portugueses vão ás urnas para a 1ª volta das eleições presidenciais. E depois de votar (em consciência), cheguei ao site da Lusa e deparei-me com uma imagem com os seis candidatos (Cavaco Silva, Manuel Alegre, Garcia Pereira, Mário Soares, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã), e o número de candidatos fez-me lembrar de apenas uma coisa: um dado com seis faces. Um dado que os portugueses vão jogar e com ele se vai ajudar a decidir o futuro deste jardim à beira-mar plantado. Que ganhe o que os portugueses achem melhor!

terça-feira, janeiro 17, 2006


Em plena campanha presidencial, para além de todas as problemáticas que este caso-prático teria para resolver… da “triste ironia” que seria se fosse um caso real, a verdade é que existem muitos Arnaldos



“Arnaldo, cidadão português, considerando-se injustiçado por ter perdido o emprego na Administração Fiscal, decide encetar uma longa luta de contestação contra o sistema instituído pela Constituição de 1976, defendendo a integração de Portugal na vizinha Espanha, bem como a passagem a uma IV Republica.

Assim, para fugir à aplicação das sanções previstas na legislação portuguesa contra quem defende a perda de independência nacional, instala um escritório de propaganda a bordo de um navio mercante, que para o efeito aluga, e que fica ancorado em frente a Cascais, a cerca de 10 milhas a Oeste da Praia do Guincho.

É aí que marca reuniões e que incita os portugueses em geral a revoltarem-se contra os políticos, pondo em marcha um abaixo-assinado no sentido de se convocar um referendo sobre a integração de Portugal em Espanha.

Verificando que nada mais o prende a Portugal, Arnaldo apresenta a seguir ao Ministro da Administração Interna a renúncia à cidadania portuguesa, entendendo que só assim poderia agir de acordo com a sua consciência, pedido esse que, todavia, seria recusado por alegadamente não estar previsto na lei.

Na sequência da popularidade do movimento de contestação gerado por Arnaldo, um grupo de Deputados à Assembleia da República apresenta um projecto de revisão constitucional criando a Federação Ibérica, enquadrando Portugal e Espanha como dois Estados Federados, integrados na Federação Ibérica.

Surpreendentemente, este projecto viria a ser aprovado por 140 Deputados, de entre os 167 Deputados presentes, e logo de seguida promulgado pelo Chefe de Estado, este dizendo que não podia exercer o veto político, ainda que profundamente discordasse do sentido da revisão constitucional aprovada.

As autoridades portuguesas, avaliando o comportamento de Arnaldo como ofensivo da ordem constitucional, apreendem o seu navio e submetem-no a inquérito, pretendendo que seja julgado por “traição à Pátria”, em reacção à onda iberista que o seu pensamento estava criando em Portugal.

Arnaldo, em resposta, alega o seguinte: (i) a sua actividade contra Portugal desenvolve-se fora do território português, não se submetendo, portanto, às leis portuguesas; (ii) já não se considera cidadão português, tendo pedido a renuncia à cidadania, que maldosamente não fora aceite pelo Ministro competente.”



Retirado do Exame de Direito Constitucional I – B de 13 de Janeiro de 06, da FDUNL

Há cada Nabo...


Ontem o Dr. Mário Soares num comício em Tarouca, disse que "não tenho do meu lado os grandes empresários do pais". Pois eu apenas digo que deve ser da idade, (esquecimentos e tal...), porque num dos últimos cartazes da campanha do Dr. Mário Soares aparece O Sr. Rui Nabeiro, dono de umas empresas mais emblemáticas do tecido empresarial Português, a Delta Cafés...

sábado, janeiro 14, 2006

Autarquias Locais

Muito se diz do estado da política, mas os problemas não começam no foro nacional, mas nos microcosmos chamados freguesias. Depois de quatro sessões ordinárias de uma assembleia, mais uma extraordinária que se seguirá (pois a eficiência perde com a doença da afirmação politica ou pessoal), pouco se debateu sobre pontos que constavam na ordem do dia (dos quais constavam documentos importantes como o plano de actividades e o respectivo orçamento para o corrente ano), muito se ouviu de retórica e pura demagogia sobre matérias e competências que saem do foro da ordem de trabalhos. Em nome da denominada liberdade de opinião as ofensas parecem legítimas, em nome do pluralismo ouvem-se intervenções em que nada incidem sobre a matéria do debate e tudo incidem sobre um populismo efervescente.

Entre protestos socialistas, na lógica, que se ainda existe capital disponível é para se gastar e “interpretações” da Lei das Autarquias Locais e do Regimento da Assembleia no mínimo surpreendentes (onde se lê “os deputados tem o máximo de 10 minutos” relativo ao tempo das intervenções, compreendem que se são 7, dá então 70 minutos) seguido de moções de protesto, membros do publico que vão no espaço que lhes é concedido fazer acusações graves aos deputados da Assembleia, como que estes só vão lá “levantar o braço” para receber as senhas de presença e um Bloco de Esquerda que intervêm mais de meia hora, em tom eleitoralista, sempre demagogo para nada de útil acrescentar ao debate.

Entristece-me pois são estas mesmas pessoas que tanto se queixam do estado da politica, o que se passa nesta assembleia, passa-se em outras tantas, o essencial é trocado por assuntos paralelos e que deviam ser estranhos às assembleias e, a juventude ou leva respostas “ah e tal porque és jovem” ou é mencionada num tom abstracto porque é politicamente correcto e bonito falar-se nela. Estas mesmas pessoas depois vão para casa e pensam que são gente importante na sua rua, mas nada de importante acrescentaram à rua e as pessoas que lá vivem.

Por existirem pessoas que me dizem “ah e tal porque és jovem”, por acreditar que é pela meritocracia que se constroem soluções efectivas melhores, por assumir que tanto nas pequenas e grandes coisas de devem assumir os desafios com igual responsabilidade, orgulho-me de ser a juventude que não gostam, a juventude que aspira ser a melhor, não só melhor!
A política não está mal, talvez seja o vício da mesquinhez e da afirmação pessoal destes “políticos”. As assembleias não são um teatro nem muito menos um circo. Mas um grande lavandaria que não é eficiente e que se paga caro.

sábado, janeiro 07, 2006

medos...


O nosso amigo, o camarada Jerónimo, revelou estar preocupado com as sondagens que hoje em dia se vêm sobre as presidenciais que dão a vitória de Cavaco silva à primeira volta das eleições marcada para 22 de Janeiro.

Temo que tenha de concordar... e temer os resultados e as euforias pre-eleitorais, pois espero que Cavaco silva não seja mais um Freitas do Amaral, que toda a gente dava como vitorioso e acabou derrotado por Mário Soares. Por isso vamos ter calma e pensar que a vitória de Cavaco Silva ainda não está garantida mas quase.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

O sócrates é nosso amigo!


Estava eu a ver os mais variados blogues nacionais e cheguei a uma conclusão. O Eng. Sócrates é um homem fantástico!

Sabe fazer esqui (sku), é um engatatão, dá um carro do estado à namorada (com motorista e tudo!), dá um aumento de 1.5% aos funcionários públicos, dá um aumento de 37 cêntimos por dia aos que recebem o ordenado mínimo, diz que se vai baixar os impostos (quando só sobem), dá elefantes brancos ao pessoal quando o pais está em crise orçamental(brinquedos caros), etc.

Digam lá que o Sr. Engenheiro não era um pessoa que todos havíamos de querer conhecer? Eu pelo menos gostaria de o conhecer, para ter uma conversa com ele (dois dedos de conversa).
Acho que quando fizer anos, vou convida-lo para a festa, aonde vão estar os meus amigos funcionário públicos e os meus amigos operários...que festa que vai ser!

domingo, janeiro 01, 2006

2006

Pois é. Passou mais um ano e tudo continua na mesma...
Portugal está mal, as guerras à moda norte-americana continuam, a crise continua, etc. Mas o ano que passou, não foi nenhuma maravilha, o PS chegou ao poder para poder por em prática as suas políticas de auto-governo, o Bush foi reeleito, o petróleo continua a subir. E um homem (ou mulher) deita as mãos à cabeça.

Hoje (á meia-noite) só me apetecia que neste ano de 2006, tudo fizesse "Puff" e desaparecesse.
Era uma maravilha, que todos os nossos problemas desaparecessem de um momento para o outro.
Mas isso, uma pessoa, sabendo disso, tem que lutar para que tudo o que nos apoquenta, deixe de o fazer.

Feliz 2006!