sábado, maio 05, 2007

Lisboa

Diz o nosso direito, que até prova em contrario, toda a pessoa é inocente… em que ser arguido num dado processo não é sentença de nada. As pessoas são eleitas por um período de quatro anos, em que hoje mais que votar numa dada lista de um partido, vota-se numa pessoa específica.

É mais do que lógico que até a formação de um novo executivo camarário, não vai ser feito em menos de dois meses, mais outros tantos para conseguirem analisar os dossiers.
Carmona Rodrigues falou em compromissos, outros gritam por eleições. Questiono, se o processo Bragaparques, não der em nada, se farão eleições intercalares porque se enganaram.

Questiono, Marques Mendes e a sua seita, o PSD. Carmona Rodrigues foi sua escolha pessoal, contra a hipótese Santana Lopes, em que as estruturas locais nesse processo eleitoral foram em alguns casos contrariadas, pois estabeleceu-se a directiva, que quem fosse arguido não podia ser candidato, relembro arguido, Mendes perdeu esses concelhos. Mas em Lisboa, Santana não era arguido nem suspeito de nada, quem quer mesmo ser primeiro-ministro, sem ser eleito, porque outro foi-se embora?

Questiono se os lisboetas votaram em Carmona Rodrigues, ou nas directivas de Marques Mendes? Carmona não é militante, porque teria que se submeter ao PSD? Mas o que é mesmo “confiança politica”? Porque queria o PSD só eleições para o executivo, e não para a Assembleia? Devia ser interessante ter um executivo de outra cor, e uma assembleia de outra a chumbar todos os documentos apresentados. Ou estarão esquecidos do governo Guterres e o “queijo limiano”? E voltamos à questão da “confiança politica”.

Não compreendo porque ninguém disse nada em relação a Setúbal, pois agora o PCP no seu núcleo duro, define quem é presidente, mesmo quando a lista apresentada foi outra, trocando as voltas aos eleitores. Mendes não quer ir para Lisboa, quer se primeiro ministro… e Lisboa? Não quer ser outro Santana Lopes, compreende-se.
Também seria curioso saber se conseguiria votos para eleito, porque em popularidade o PSD anda a perder pontos todos os dias. Não será difícil compreender porquê.

O PSD não precisa de se preocupar com o Sr. Sócrates, pois tem muito com que se preocupar dentro da própria casa.


P.S. Não esqueço a actual situação da Câmara de Lisboa, mas é necessário ver para além do óbvio e dos blocos noticiários.

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