sexta-feira, outubro 21, 2005

Juventude vs politica


É latente, que os jovens de hoje, mostram um reduzido interesse em relação à “coisa pública” e, esta mesma manifestação é visível através dos altos níveis de abstenção na participação de actos eleitorais e no acto de votar. Salvo raras excepções, e uma crescente aderência aos movimentos de esquerda, que ganha visibilidade em manifestações, outdoors e fyers, a participação das camadas mais jovens na “coisa pública” carece.

Considero, que Portugal urge mais de soluções eficazes e claras a longo prazo, do que um debate mediático sobre uma temática que apenas afecta uma minoria. Enquanto uns se debatem pela possibilidade de ver alterada a lei de interrupção voluntária da gravidez, a lei de bases da educação vai ficando para segundo plano. Lei que, vai influenciar toda uma infra-estrutura, em que hoje numa Europa a 25, poderá fazer a diferenciação entre os restantes países membros.
É necessário repensar todo o sistema de segurança social, que se vai esgotando, do que legalizar a “cannabis”.

É necessário apostar em politicas de juventude, que providenciem ferramentas necessárias para uma geração mais forte. Geração que amanha será marcada pelas decisões de hoje, é necessário ousar pensar em projectos que só depois de uma geração passada comece a dar os primeiros sinais de resultado, do que em politicas demagogas que visa apenas conquistar eleitorado nas eleições que se avizinham.

É vital, que com a crescente proliferação da massificação de informação, os cidadãos tenham opinião própria, saibam distinguir o que é importante do que é acessório, saibam o que é real e o que é ilusório, o viável de uma promessa utópica. Com cada vez mais acesso a informação à informação existe o paradoxo de uma assimilação de ruído, não de informação.

Entre inúmeros reality shows, o que é vital passa para um segundo em importância, e hoje assiste-se a noticiários de ruído, paginas de coisas acessórias e a informação distorcida consoante a vertente politica e ideológica do comentador. Quem observar os jornais de maior tiragem e os noticiários com maior percentagem de share verifica que a informação e a selecção da mesma esta a deturpada, que existe uma sobrevalorização do acessório e o conceito “coerência” por vezes é esquecido.

É necessário instruir de novo os conceitos de cidadania, civismo, onde existe uma denotada escassez. É necessário promover o debate, discutir o Portugal que queremos para amanha, porque o saudosismo e pessimismo que caracterizam os portugueses não vão fazer que o amanha seja melhor. Portugal, não é o abstracto, porque o Portugal de amanha é fundamentalmente os portugueses de amanha, a juventude de hoje!

3 comentários:

Já foste disse...

Cara Diana

Todos os que se interessam por politica e pela "coisa pública" se questionam acerca desse assunto. porque é que os jovens tendem a abester-se disso? Será porque nºao há ninguém que os defenda? ou porque já não se identificam com a classe politica que os "representa"?


Tambem é claro que alguns jovens não têm bem defenidas as suas prioridades, muitos dos que se juntam aos movimentos de esquerda juntam-se porque esss movimentos defendem coisas totalmente suprficiais, como a legalização das drogas leves e a despenalização do aborto. É incrivel como é que se pode por essas questões á frente de outras muito mais importantes para o seu proprio desenvolvimento como a referida lei de bases da educação ou outras.

O que será necessario é simplesmente uma mudança de mentalidades, porque com a mentalidade que hoje predomina a juventude não vai a lado algúm.

Já foste disse...

Cara Diana

Todos os que se interessam por politica e pela "coisa pública" se questionam acerca desse assunto. porque é que os jovens tendem a abester-se disso? Será porque não há ninguém que os defenda? ou porque já não se identificam com a classe politica que os "representa"?


Tambem é claro que alguns jovens não têm bem defenidas as suas prioridades, muitos dos que se juntam aos movimentos de esquerda juntam-se porque esss movimentos defendem coisas totalmente suprficiais, como a legalização das drogas leves e a despenalização do aborto. É incrivel como é que se pode por essas questões á frente de outras muito mais importantes para o seu proprio desenvolvimento como a referida lei de bases da educação ou outras.

O que será necessario é simplesmente uma mudança de mentalidades, porque com a mentalidade que hoje predomina a juventude não vai a lado algum.

Abílio Leite disse...

Penso que falarmos em esquerdas e direitas nos leva a pensar que partidos existem e quais os seus objectivos fundamentais e quais os caminhos que projectam para atingir os seus fins.
Ora, como se sabe os Partidos existem para se atingir o poder.
O Poder existe para se determinar o futuro de uma sociedade.
Ou seja, seremos nós humanistas, solidários, sociais, fraternos, "descendentes" de Sá Carneiro, ou... que me respondam os jovens. Porque eu sei que não sou de direita, que estou num partido que por vezes é dito que é da direita, mas que não o é.