quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Tecto remuneratório no sector privado

As empresas privadas devem ter liberdade para escolher o seu modelo de negócios e a sua política interna de vencimentos e de recursos humanos, logo que seja respeitada a legislação existente sobre a matéria. Contudo actualmente, tem surgido uma nova nuance que diz respeito às empresas do sector privado que são apoiadas pelo Estado. Nesta situação, o Estado tem o direito e dever de estabelecer algumas normas de conduta para estas empresas. Assim, seria desejável que o Estado estabelecesse um tecto remuneratório para os administradores e quadros de topo dessas empresas. Esta é uma medida imperativa, e que deve entrar imediatamente em vigor. Portugal não pode esperar mais tempo pela sua aplicação.

Por outro lado, gostaria de lançar uma sugestão. As empresas deveriam olhar com mais atenção para os diversos “stakeholders” que constituem a empresa, em particular para os seus colaboradores. Deveria existir uma política de incentivo ao trabalho de excelência e de dedicação à empresa. Na minha opinião, deveria ser norma no sector privado que aproximadamente 50% do lucro da actividade anual fosse dividido pelos vários colaboradores, e que os restantes 50% pudesse ser re-investido na actividade da empresa. Estes são dois princípios gerais que deveriam regular as relações de trabalho entre as empresas e os trabalhadores.

Sem comentários: